Daniel Alves chorou e negou as acusações de agressão sexual durante seu julgamento no Tribunal Provincial de Barcelona. O jogador detalhou o que descreveu como uma relação sexual consensual e afirmou não ter sido violento. Ele declarou estar arruinado com as consequências do caso, como contas bloqueadas e perda de contratos. Alves descreveu a relação, incluindo penetração, e disse ter ficado surpreso ao saber das acusações de estupro.
Ele relatou ter consumido grande quantidade de álcool naquela noite. A defesa de Alves argumentou que ele não tinha plena consciência de seus atos devido ao alto teor alcoólico no sangue. A advogada da denunciante criticou Alves por se colocar como vítima e pediu a pena máxima de 12 anos de prisão.
A defesa de Alves pediu sua absolvição, argumentando que a relação foi consensual e contestando a versão da acusação. A promotoria afirmou que os acontecimentos não merecem pena mínima. Profissionais da medicina forense confirmaram o DNA de Alves no corpo da denunciante, mas houve divergências em alguns pontos entre os médicos que a examinaram.
Sentença final ainda não foi divulgada
Psicólogos indicaram que o consumo de álcool por Alves pode ter comprometido suas faculdades cognitivas, mas que ele ainda era capaz de distinguir entre o bem e o mal. A audiência incluiu a visualização de vídeos e áudios, mas a imprensa não teve acesso às imagens. Não há prazo definido para a sentença final.
Daniel Alves pode ser obrigado a pagar € 150 mil (R$ 801 mil) em danos morais e psicológicos caso seja condenado. Ele está sob prisão preventiva no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona, desde janeiro de 2023. Quatro pedidos de liberdade provisória foram negados devido ao risco de fuga para o Brasil.
