O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, não concedeu entrevista coletiva após o empate por 1 a 1 com o São Paulo, neste domingo (03). O motivo foi a decisão do clube tricolor de não ceder a sala de entrevistas para o treinador palmeirense.
Segundo apuração do site ge, o São Paulo entendeu que estava apenas retribuindo o tratamento recebido no Allianz Parque quando joga no estádio do rival. Uma das justificativas apontadas foi relacionada aos locais das entrevistas.
Em exemplos anteriores, como em 2022, o Palmeiras cedeu uma sala anexa à zona mista do Allianz Parque com problemas no sistema de som e sem a possibilidade do São Paulo utilizar seu banner. No ano passado, um incidente semelhante ocorreu durante uma entrevista de Dorival Júnior.
O Palmeiras alega que não foi oferecido nenhum outro local para a realização da entrevista e que a sala estava pronta, inclusive com o banner dos patrocinadores do clube, antes de ser desmontada. De acordo com o regulamento do Paulistão, é obrigação do clube mandante disponibilizar local para que o visitante atenda à imprensa. O documento ainda especifica que, caso haja apenas uma sala de imprensa disponível, o técnico visitante deve usá-la antes do treinador da equipe da casa.
Após o jogo deste domingo, o presidente do São Paulo, Julio Casares, criticou Abel Ferreira e declarou que “chega do Abel apitar jogos no Paulistão”. A declaração acirrou os ânimos, que já estavam exaltados no corredor dos vestiários. Segundo o presidente são-paulino, um auxiliar do Palmeiras ironizou Calleri durante uma discussão com um auxiliar da arbitragem. Diante disso, o clube tricolor impediu o técnico palmeirense de conceder sua entrevista.
O Palmeiras, por sua vez, argumentou que houve desrespeito por parte do São Paulo antes mesmo do início do confronto. Relatos indicaram que uma caixa de som foi posicionada com volume alto tocando o hino do Tricolor direcionado para os vestiários.
Outra queixa foi sobre o sistema de irrigação do gramado, que foi direcionado para os profissionais na linha de fundo e atrapalhou parte do trabalho durante a partida.
Confira as notas oficiais de São Paulo e Palmeiras
Nota oficial do Tricolor
“Esclarecimento:
O São Paulo Futebol Clube esclarece que, por reciprocidade, disponibilizou a zona mista do MorumBIS para a realização das entrevistas da Sociedade Esportiva Palmeiras. A utilização ou não do espaço fica a cargo do clube visitante.
Vale ressaltar que, na última partida disputada no Allianz Parque, o São Paulo precisou realizar a entrevista coletiva em um pequeno espaço anexo à zona mista do estádio, local de passagem de muitas pessoas, que dava acesso ao vestiário dos gandulas, sem direito a fixar adequadamente o backdrop com os patrocinadores.
Os jornalistas, inclusive, ficaram sentados no chão e sem o sistema de som ideal para a realização do trabalho de todos os envolvidos.“
Nota oficial do Palmeiras
“Fomos informados pelo São Paulo, somente após o jogo deste domingo, que não haveria sala para a realização da entrevista do técnico Abel Ferreira – o backdrop com os patrocinadores do clube já estava, inclusive, instalado na sala de coletivas do Morumbi.
Como o mandante não nos ofereceu nenhuma alternativa (nem mesmo a área da zona mista), a coletiva do treinador teve de ser cancelada. O argumento usado pelo São Paulo (“reciprocidade”) não condiz com a verdade, já que o Palmeiras, quando mandante, sempre oferece um espaço para a entrevista do treinador adversário.
Relatamos o ato de hostilidade à Federação Paulista de Futebol e esperamos que providências sejam tomadas.”
