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Campeão mundial pelo São Paulo revela batalha contra a depressão

Na manhã da última terça-feira (16), o GE fez uma entrevista exclusiva com o atacante Thiago Ribeiro, que foi campeão mundial pelo São Paulo em 2005. O atleta revelou que venceu a luta contra a depressão após oito anos convivendo com a doença e continuará jogando.

“Essa foi a partida mais difícil que joguei, não digo na carreira, mas na vida. Essa depressão e opressão que passei na minha carreira não me afetou apenas no lado profissional, me atrapalhou em todas as áreas da minha vida”, começou Thiago.

“Isso me afetou muito profissionalmente, sempre fui um jogador de explosão, velocidade, muito resistente. Sempre que voltávamos de férias naqueles testes físicos os meus sempre foram muito bons. Depois que passei por esse problema, afetou minha velocidade, resistência, foco e concentração… Perdi bastante peso nesse período, fiquei muito magro e você fica sujeito a lesões. A gente tenta tirar o lado bom até dos momentos difíceis que passa. Coloquei minha fé em Deus acima de tudo, busquei tratamento psicológico, com psiquiatra, entrei com medicação por praticamente quase um ano fazendo tratamento”, revelou.

“Não é algo tão simples de lidar. Nunca me abri 100% para falar por não me sentir à vontade. Muitas vezes o jogador não se sente à vontade para se abrir e colocar o que pensa sobre a depressão, muito por não saber a reação. Percebo que hoje existe uma preocupação maior, mas ainda não é uma coisa fácil de lidar… Em 2022 foi quando comecei a sentir o Thiago de volta, foram oito anos de luta. Foram três, quatro anos complicados”, disse o atacante.

Nova fase

Diante dessa melhora, Thiago Ribeiro vai se manter atuando profissionalmente. Em outubro de 2023, ele foi anunciado como o principal reforço do Catanduva para a disputa da Série A3 do Campeonato Paulista. O torneio começa no próximo dia 24 e o clube estreia contra o Desportivo Brasil.

“O que me motiva a continuar jogando é o prazer, a paixão e o amor pelo futebol. Continuo com a mesma alegria de quando comecei, fisicamente me sinto bem e com quase 38 anos ainda consigo performar, com força, velocidade e jogar com a intensidade que exigem hoje”, cravou Thiago ao GE.

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